quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dilma Rousseff define mais nomes para o Ministério


Brasília- A presidente eleita, Dilma Rousseff, definiu ontem mais dois nomes para sua equipe. Paulo Bernardo (PT), hoje titular do Planejamento, será o novo ministro das Comunicações e Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, indicado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), comandará o Ministério da Saúde.

Bernardo vai administrar uma pasta que ganhará musculatura no governo Dilma. Atualmente sob o comando do PMDB, o Ministério das Comunicações abriga o Plano Nacional de Banda Larga - programa para universalizar a internet rápida -, é responsável pela regulamentação das concessões de rádio e TV e cuidará da nova lei de comunicação digital.

Dilma tirou o PMDB das Comunicações, mas manteve o partido do vice-presidente eleito, Michel Temer (SP), na pasta de maior orçamento da Esplanada: o Ministério da Saúde. Secretário estadual de Saúde do Rio, o médico ortopedista Sérgio Côrtes foi apadrinhado por Cabral e chega ao governo na cota do PMDB fluminense.

Trata-se do segundo nome que o governador do Rio emplaca na Saúde. Em março de 2007, Cabral conseguiu nomear o sanitarista José Gomes Temporão, até hoje no cargo. Quando era chefe da Casa Civil, Dilma teve ruidosos embates com Temporão, a quem atribuiu inúmeros problemas de gestão na Saúde.

Em conversas reservadas, integrantes do PMDB afirmam que Côrtes não representa o partido na equipe, pois entra na cota de Cabral. Embora seja filiado ao PMDB, o ministro da Defesa, Nelson Jobim - que será mantido no posto - também é visto pela sigla como “escolha do presidente Lula” e não é computado na fatia de poder peemedebista.

Coordenação

O PMDB pretende ser recompensado pela perda de Comunicações: quer uma cadeira no Ministério das Cidades, hoje nas mãos do PP e objeto do desejo petista. O partido de Temer cobiça, ainda, uma superpasta para cuidar de portos e aeroportos, proposta em estudo por Dilma.

Novo xodó de Dilma, o Ministério das Comunicações poderá ganhar um assento nas reuniões semanais da coordenação de governo. A presidente eleita não quer saber de discussões sobre controle da mídia. “O único controle que eu defendo é o controle remoto”, costuma dizer ela.

Bernardo vai reorganizar os Correios

À frente do Ministério das Comunicações, caberá a Paulo Bernardo reorganizar a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), alvo de escândalos de corrupção desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Bernardo já começou um diagnóstico da estatal, tendo sido nomeado “interventor informal” por Lula.

Além disso, caberá ao ministro retirar do papel e impulsionar o Plano Nacional de Banda Larga, projeto atualmente conduzido pela Casa Civil. Neste caso, o assessor especial da Presidência César Alvarez iria para o ministério trabalhar ao lado de Bernardo. Por fim, Bernardo também assumirá também o novo marco regulatório das comunicações, projeto ainda embrionário que, no momento, é conduzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Presidenta escolhe secretário do RJ para ministro da Saúde

Rio da Janeiro (AE) - Ao escolher o médico ortopedista e secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, 45 anos, para dirigir o Ministério da Saúde, a presidente eleita, Dilma Rousseff, passa a contar com um quadro técnico considerado competente e criativo. Sérgio Côrtes, no entanto, leva para Brasília o fardo ter ocorrido na sua gestão o pior escândalo político do primeiro mandato do governador do Rio, Sérgio Cabral PMDB). A denúncia de contratos superfaturados em sua pasta resultou na demissão de seu principal assessor nos últimos oito anos, Cesar Romero Vianna Júnior.

O convite a Côrtes representa o ápice profissional e político de um quadro que ocupou postos importantes nos últimos dez anos, mas que sofreu um duro e desgastante golpe a partir das denúncias que atingiram em cheio a sua administração na Secretaria estadual de Saúde, em maio.

A contratação de empresa de manutenção de carros usados no combate à dengue a preço supostamente superfaturado resultou em denúncia do Ministério Público do Rio contra Vianna Júnior, que era subsecretário-executivo de Saúde, por improbidade administrativa. Há ainda outro inquérito aberto para apurar compras de materiais hospitalares também acima do preço de mercado. Além de assessor, Vianna Júnior é primo de Verônica Vianna, mulher de Côrtes.

As denúncias jogaram o futuro ministro num ostracismo político nos últimos meses. Até então, ele gozava de prestígio similar ao de José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, pai das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), outro programa encampado pela campanha de Dilma, e também ministeriável.

Presidenta escolhe secretário do RJ para ministro da Saúde

Rio da Janeiro (AE) - Ao escolher o médico ortopedista e secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, 45 anos, para dirigir o Ministério da Saúde, a presidente eleita, Dilma Rousseff, passa a contar com um quadro técnico considerado competente e criativo. Sérgio Côrtes, no entanto, leva para Brasília o fardo ter ocorrido na sua gestão o pior escândalo político do primeiro mandato do governador do Rio, Sérgio Cabral PMDB). A denúncia de contratos superfaturados em sua pasta resultou na demissão de seu principal assessor nos últimos oito anos, Cesar Romero Vianna Júnior.

O convite a Côrtes representa o ápice profissional e político de um quadro que ocupou postos importantes nos últimos dez anos, mas que sofreu um duro e desgastante golpe a partir das denúncias que atingiram em cheio a sua administração na Secretaria estadual de Saúde, em maio.

A contratação de empresa de manutenção de carros usados no combate à dengue a preço supostamente superfaturado resultou em denúncia do Ministério Público do Rio contra Vianna Júnior, que era subsecretário-executivo de Saúde, por improbidade administrativa. Há ainda outro inquérito aberto para apurar compras de materiais hospitalares também acima do preço de mercado. Além de assessor, Vianna Júnior é primo de Verônica Vianna, mulher de Côrtes.

As denúncias jogaram o futuro ministro num ostracismo político nos últimos meses. Até então, ele gozava de prestígio similar ao de José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, pai das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), outro programa encampado pela campanha de Dilma, e também ministeriável.

Izabella Teixeira deve permanecer no Meio Ambiente

Estreito e Brasília (AE) - No “ministério com cara de Dilma” e já repleto de nomes sugeridos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mais nova aposta é a continuidade da bióloga Izabella Teixeira na pasta do Meio Ambiente. Ontem, apesar de dizer em público que “não dá palpites” na formação da equipe da presidente eleita, Lula já tratou Izabella como ministra de Dilma.

Em um discurso de improviso, para uma plateia de trabalhadores das obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins, Lula fez referências a Izabella ao comentar que Dilma continuará as ações na área ambiental e de energia adotadas no atual governo. “A gente vai preservar o meio ambiente e produzir muito mais. E a Izabella será a companheira, a parceira disso”, afirmou.

Dilma ainda não anunciou e nem pediu a representantes de sua equipe de transição que revelassem o novo titular da pasta do Meio Ambiente. Ao tratar Izabella como a “companheira” da área ambiental, o presidente repetiu o lobby público feito ontem, em Brasília, com Fernando Haddad - o Planalto preparou um balanço da gestão do ministro sinalizando que ele continuará, na gestão Dilma, com titular do Ministério da Educação.

Izabella passou pelo teste de fogo no governo Lula durante a votação do relatório com mudanças do Código Florestal, na comissão especial da Câmara, em meados deste ano. Na época, a ministra chamou o relator, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para negociar, levou em consideração a necessidade de produtores rurais regularizarem desmatamentos mais antigos e obteve mudanças importantes no projeto, contendo parte das brechas para o aumento do desmatamento no país.

Em sua gestão, o desmatamento na Amazônia registrou segunda queda consecutiva em um novo recorde histórico, que será anunciado amanhã pelo presidente Lula. Izabella estará ao seu lado na solenidade no Planalto. Ela chegou ao governo Lula em 2008, pelas mãos do então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de quem foi secretária-executiva.