O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu hoje (24) o mandado de prisão do deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA).
O documento será encaminhado à Polícia Federal. Toffoli também enviou
ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), para informar sobre a condenação definitiva do parlamentar.
Após receber o documento, a Câmara deverá abrir o processo de cassação
do deputado.
Na sessão de quinta-feira (21), após rejeitar o último recurso do
parlamentar, o plenário do Supremo decidiu determinar o fim da ação
penal a que o deputado responde e a execução da pena de três anos e um
mês de prisão, em regime aberto, pelo crime de esterilização cirúrgica
irregular.
Segundo o Ministério Público, Bentes usou a Fundação PMDB Mulher para
recrutar eleitoras em troca de cirurgias de laqueadura tubária (ligação
das trompas). Os fatos correram em 2004, quando o parlamentar era
candidato a prefeito do município paraense de Marabá. Segundo a
denúncia, as mulheres eram encaminhadas a um hospital, onde eram
submetidas a cirurgias, justificadas com documentos falsos.
De acordo com a Lei de Execução Penal, condenados ao regime aberto
devem cumprir a pena em uma casa do albergado. No entanto, como não há
este tipo de estabelecimento no sistema penal do Distrito Federal, se
optar por cumprir a pena em Brasília, Bentes cumprirá prisão domiciliar,
com restrições. O juiz poderá determinar horários para o condenado
chegar em casa e proibí-lo de frequentar determinados locais.
* Fonte: Agência Brasil