Para presidente da Casa, isso retardaria ainda mais reforma na legislação.
Ele anunciou grupo de trabalho e votação de propostas no 2º semestre.
Segundo ele, “em nenhum momento” os deputados pensaram em aceitar essa proposta, apresentada pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda em reunião com os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais, convocadas em resposta às reivindicações surgidas nos protestos de rua que se espalham pelo país.
“Esta Casa não quer uma reforma política via Constituinte específica. Até porque retardaria mais ainda. Esta Casa tem o dever de debater sobre ela [reforma política], mas não via Constituinte específica. Em momento algum esta Casa pensou em aceitar”, afirmou.
O presidente da Câmara disse que criará um grupo de trabalho para elaborar propostas de alteração da legislação política. Segundo ele, o objetivo é votar o texto no segundo semestre deste ano.
“As propostas que as entidades e a presidente queiram apresentar serão bem recebidas. Faremos um grupo de trabalho para que no segundo semestre ela [reforma política] possa ser aprovada nesta Casa.”
Henrique Alves disse que vai receber entidades civis e especialistas para coletar propostas de reforma política.
“Me parece que virá uma proposta de apelo popular da reforma política. Outras entidades poderão apresentar. Esta Casa vai receber todas, reuni-las. Esta casa recusa a ideia de uma Constituinte específica ou exclusiva sobre reforma política porque entende que isso apenas retardaria uma reforma que esta Casa tem o dever de fazer”, afirmou.
Mas nesta terça (25) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que o governo trabalha com “outras alternativas” para promover a reforma política.