A ex-governadora Wilma de Faria vive tempos de abandono político. Dos quatro aliados que postulavam sua cadeira à época do governo - Robinson Faria, Carlos Eduardo, João Maia e Iberê Ferreira -, ela conta hoje com apenas o último - Iberê - na tentativa de eleger-se senadora da República.
E o apoio de Iberê Ferreira se deve a motivos óbvios: Wilma escolheu o atual governador como candidato do grupo à sucessão estadual.
Robinson Faria resolveu subir no palanque do Democratas. Entre ser vice de Iberê Ferreira ou de Rosalba Ciarlini, o presidente da Assembleia preferiu apostar no projeto do DEM. O deputado vai votar em José Agripino e Garibaldi Filho para o Senado, pois tem dito que votará na chapa completa da oposição.
João Maia fechou aliança com o PMDB na proporcional e já avisou que vota em Garibaldi Filho pro Senado. Apesar de ter sido secretáio de Wilma, o líder do PR não fechou apoio à ex-governadora. Pode votar. E pode não votar.
Já Carlos Eduardo Alves disse que Wilma vota em Iberê e que não vai votar em quem não vota nele. Do ponto de vista de Carlos Eduardo, parece lógico.
Mas o que me chama a atenção nessa declaração do ex-prefeito de Natal é a falta de gratidão. Carlos Eduardo sente-se à vontade em relação a Wilma mesmo sabendo que foi prefeito por conta da desincompatibilização da então prefeita de Natal para disputar o Governo em 2002. E que foi reeleito em 2004 porque Wilma o "carregou nos braços" como se dizia na campanha depois que ficou configurado o favoritismo de Luiz Almir naquela eleição municipal.
A Wilma, só restou Iberê Ferreira.
A ex-governadora sente o gostinho amargo do abandono. Longe da caneta do Executivo, é tratada por seus pares na política como uma simples mortal.
(Por Diógenes)