A
polícia encontrou quatro suspeitos de terem roubado fotos íntimas do
computador de Carolina Dieckmann e depois as terem divulgado na internet
após tentativa de extorsão. De acordo com a investigação, hackers do
interior de Minas Gerais e São Paulo invadiram o e-mail da atriz e
pegaram as imagens. Isso descarta a suspeita inicial sobre funcionários
de uma loja de assistência técnica no Rio de Janeiro onde Dieckmann
havia deixado o laptop para consertar, há dois meses.
Um grupo especializado da Delegacia de
Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio usou
programas de contra-espionagem para chegar aos suspeitos. De acordo com a
investigação, o roubo teria começado com um e-mail usado como isca
(spam), que ao ser aberto liberou uma porta para a instalação de um
programa que permitiu aos hackers entrarem no computador da atriz. Uma
varredura feita no computador da atriz detectou que o invasor furtou, ao
todo, 60 arquivos.
O primeiro suspeito encontrado foi Diego
Fernando Cruz, de 25 anos, que teria sido o primeiro a divulgar as
fotos na internet. Com um mandado de busca e apreensão, os policias
entraram no quarto dele, em Macatuba, no interior de São Paulo. No
local, foram encontrados CDs, softwares e cinco computadores. Um laptop
estava aberto em uma página só com fotos da atriz.
O principal suspeito de ter invadido o computador e furtado as fotos da atriz é Leonan Santos, de 20 anos. O jovem, que vive numa casa simples em Córrego Dantas, em Minas Gerais, contou que já é investigado em outra ação de hackers, que teriam desviado dinheiro de um banco pela internet, mas se disse inocente.
O principal suspeito de ter invadido o computador e furtado as fotos da atriz é Leonan Santos, de 20 anos. O jovem, que vive numa casa simples em Córrego Dantas, em Minas Gerais, contou que já é investigado em outra ação de hackers, que teriam desviado dinheiro de um banco pela internet, mas se disse inocente.
Pedro Henrique Mathias seria o dono do
site que publicou as fotos. O quarto integrante, menor de idade, que
teria sido o autor das ligações para chantagear a atriz, com o pedido de
R$ 10 mil para que as fotos não fossem publicadas, não teve a
identidade revelada pela polícia.
O Brasil não tem lei específica para
crimes de informática. A Justiça se baseia no código penal e, no caso da
atriz, os envolvidos serão indiciados por furto, extorsão qualificada e
difamação, de acordo com a Polícia Civil.
Carolina Dieckmann procurou a polícia no
dia 7 de maio, data do início das investigações comandadas pelo
delegado Gilson Perdigão. Trinta e seis fotos pessoais da atriz foram
publicadas na internet três dias antes, inclusive imagens ao lado do
filho de quatro anos, o que, segundo o advogado dela, Antonio Carlos de
Almeida Castro, o Kakay, agrava de forma substancial o crime.