quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Advogado diz que jogador vai colaborar com investigação sobre morte de adolescente
A namorada de Rafael Silva, da Portuguesa, perdeu a vida ao cair de varanda em SP
Do R7
O advogado do jogador de futebol da portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, Giuseppe Fagotti, disse que seu cliente está disposto a colaborar com a investigação sobre a morte da namorada dele, Flávia Anahy de Lima, de 16 anos, que caiu da sacada do 15º andar de um prédio na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, no último domingo (31). Segundo Fagotti, Silva fez todos os exames que lhe foram solicitados e vai participar da reconstituição da morte, caso lhe seja solicitado.
- A intenção dele é esclarecer tudo o mais rápido possível.
Fagotti reafirmou a versão que o jogador deu em seu depoimento à polícia de que Flávia teria se jogado da sacada. Eles teriam tido uma discussão antes da morte, durante a qual a adolescente teria atirado o celular de Silva pela janela e retirado o interfone da parede. O aparelho foi encontrado no telhado de uma escola vizinha ao prédio onde o casal morava.
A briga entre os jovens teria começado em frente a um bar onde Flávia foi buscar o jogador. Fagotti confirma a informação de que ela teria danificado o carro dele e, muito nervosa, agredido o namorado.
- A atitude dele foi sair a pé e deixar ela lá, porque ela estava muito nervosa. Ele está com marcas no corpo do tamanco que ela usava.
Os pais da adolescente, Carlos Francisco Lima, 42 anos, e Luara Adriana de Lima, 38 anos, rejeitaram a hipótese de suicídio. Segundo eles, o casal brigava com frequência e a garota sempre aparecia com hematomas. Apesar dos sinais em seu corpo, a menina nunca admitiu aos pais que era vítima de violência doméstica.
A morte, que está sendo investigada pela delegada Elizabete Sato, delegada titular da 5ª Seccional - Leste, primeiramente foi registrada como suicídio. Agora, a polícia trabalha com a hipótese de morte suspeita.
Segundo o advogado Ademar Gomes, que representa a família de Flávia, o histórico do jogador de envolvimento em festas e confusões provocadas por bebidas ajudaram a compor a investigação com enfoque em suspeita de homicídio.
- A reconstituição é importante porque saberemos o que aconteceu. Queremos esclarecer, não queremos injustiça. Os antecedentes de Rafael serviram para descaracterizar o suicídio