segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Em 2014, classe C já será 58% da população brasileira
A expansão da classe C no País deve continuar a ocorrer em ritmo acelerado. De acordo com estudo elaborado pelo instituto Data Popular, 58% da população pertencerá à classe C em 2014. Hoje, 54% dos brasileiros se enquadram nesse extrato social que, segundo critérios do levantamento, reúne famílias com renda média de R$ 2.295.
“Os padrões de consumo dessa nova classe C não serão iguais aos de hoje. Há uma mudança em andamento”, avisa Wagner Sarnelli, sócio do Data Popular, especializado em pesquisas de consumo. “Portanto, a empresa que quiser vender para esse público deve entender bem seus códigos e seus valores para se comunicar corretamente”. Sarnelli foi um dos participantes do 1º Encontro Estadão PME. Direcionado a pequenos e médios empresários, o evento foi realizado hoje (8) em São Paulo e contou com a participação de analistas econômicos e empreendedores de sucesso. Cerca de 180 pessoas acompanharam os quatro módulos do encontro.
Na primeira etapa, os palestrantes discutiram as perspectivas de desempenho da economia para 2012. O otimismo deu o tom das análises. “Caso haja um agravamento da crise na Europa, o impacto poderá ser sentido pela economia brasileira. Mas este não me parece o cenário mais provável”, afirmou Caio Megale, analista econômico do Itaú. O Brasil, na visão de Megale, também está mais preparado para enfrentar eventuais problemas. “Em 2008 quando houve a quebra do banco americano Lehman Brothers, a economia brasileira seguia a 120 quilômetros por hora. Hoje, a velocidade é de 70 quilômetros por hora. Portanto, qualquer pisada no freio teria um impacto menor”.
Por considerar que o desempenho da economia brasileira não deve sofrer alterações bruscas no próximo ano, José Luiz Rossi Junior professor do Insper, recomendou aos pequenos e médios empresários que mantenham os investimentos programados. “Não há motivos para as empresas reverem suas decisões”, declarou o professor. “Enquanto o consumo interno mostrar força, os pequenos e médios negócios não sentirão impactos bruscos em seu faturamento”, completou Bruno Caetano, superintendente do Sebrae de São Paulo.