sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Denúncia derruba 7º ministro em 13 meses de governo Dilma
Com o saída do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), a presidenta Dilma Rousseff perdeu seu sétimo ministro após denúncias de corrupção em 13 meses de gestão. Negromonte se junta agora a Carlos Lupi (PDT-RJ) do Trabalho, Orlando Silva (PC do B-SP) do Esporte, Pedro Novais (PMDB-MA) do Turismo, Wagner Rossi (PMDB-SP) da Agricultura, Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil e Alfredo Nascimento dos Transportes (PR-AM).
Também deixaram o governo os ministros Nelson Jobim (PMDB-RS), que foi afastado do Ministério da Defesa após declarações polêmicas, e Fernando Haddad (PT-SP), que deixou o Ministério da Educação para se dedicar à pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo.
7 de junho: Antonio Palocci é o primeiro ministro do governo Dilma a cair, depois de suspeitas de ter praticado tráfico de influência em favor de sua empresa de consultoria, a Projeto. A crise teve ainda como efeito colateral a substituição do então ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PT-RJ). Dilma trocou Luiz Sérgio por Ideli Salvatti - a ex-senadora assumiu a pasta de Relações Institucionais e o peemedebista foi para o seu lugar, passando a comandar o Ministério da Pesca.
6 de julho: Menos de um mês depois da saída de Palocci, caiu o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. A situação de Nascimento ficou insustentável após a publicação de diversas reportagens denunciando um esquema de corrupção comandado por ele dentro da pasta.
17 de agosto: Alvo de uma série de denúncias de corrupção, Wagner Rossi sai da Agricultura. Segundo reportagem da revista Veja, o suposto lobista Julio Fróes teria "uma sala com computador, telefone e secretária na sobreloja" do prédio, onde funciona a Comissão de Licitação da pasta. Já o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que revelava que o ministro viajava de carona no jato executivo de uma empresa do setor de agronegócio com contratos com o ministério. Rossi rebateu e negou todas as denúncias.
14 de setembro: Pedro Novais deixou o comando do Turismo depois das denúncias de mau uso de dinheiro público. Ele foi acusado de pagar o salário de uma empregada doméstica com dinheiro da Câmara e de usar um funcionário do gabinete do deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) como motorista de sua mulher em horário de trabalho. Novais reassumiu sua vaga na Câmara.
26 de outubro: A saída de Orlando Silva do comando da pasta foi provocada por denúncias feitas à revista Veja pelo policial militar João Dias Ferreira, que acusou o ministro de corrupção. No centro dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ele rebateu a notícia de que teria recebido propina como parte de um esquema montado na pasta.
4 de dezembro: Carlos Lupi acerta sua demissão do Ministério do Trabalho. Ele decidiu deixar a parta ao ser informado que não tinha mais o apoio da presidenta. "Não dá mais", disse Lupi a um dos aliados dentro da legenda da qual é presidente em exercício.
Fonte:IG