domingo, 22 de janeiro de 2012

Gravidez de quadrigêmeos era falsa, confirma advogado

Advogado de Maria Verônica Aparecida César Santos afirmou que ela usava uma barriga falsa de silicone, coberta com tecido

iG São Paulo

O advogado de Maria Verônica Aparecida César Santos, 25, confirmou nesta sexta-feira em entrevista coletiva que ela não está grávida de quadrigêmeas. Segundo o advogado Enilson de Castro, a pedagoga usou uma barriga falsa de silicone, coberta com tecido e estaria arrependida. O marido, que está afastado do trabalho, também teria sido enganado.

Entenda: Por que mulheres fingem uma gravidez?

Foto: AE Ampliar

Advogado confirmou que Maria Verônica não está grávida

O desfecho da dúvida se havia ou não a gravidez aconteceu nesta madrugada. A mulher teria passado mal e familiares se mobilizaram para levá-la ao hospital. Ela recusou atendimento médico e teria assumido a farsa.

O advogado Marcos Antonio Leite recebeu a informação por volta de 3h da manhã. Segundo ele, o marido, Kléber Eduardo Melo Vieira, entrou em estado de choque e teria chorado compulsivamente no momento em que viu que a barriga tinha apenas pedaços de tecidos e borracha.

Ao se deparar com a cena da falsa gravidez, o então advogado teria pedido ajuda ao colega, Enilson de Castro, que agora cuida do caso. "Nem o marido a tocava, ela dizia que estava com estrias e o marido acreditou na gravidez", comentou Castro, que não quis revelar o real motivo da mulher em fantasiar uma gravidez, alegando a necessidade de uma conversa mais aprofundada com a cliente, já que teria assumido o caso às pressas, ainda na madrugada. Entretanto, não descarta a possibilidade de alegar problemas mentais na linha de defesa de Maria Verônica.

Uma provável justificativa para a farsa, não confirmada nem desmentida pelo advogado, seria a falta de atenção da família, já que o casal estava há cerca de 5 anos sem contato com os familiares que não aceitavam o relacionamento dela com o marido. "Ela se mostrou bastante arrependida", disse o advogado.

Mesmo afirmando não conhecer a barriga e não desconfiar da esposa, o marido da falsa grávida pediu afastamento do trabalho para cuidar da família. De acordo com Castro, o pedido de licença médica por estresse foi aprovado pelo serviço médico da empresa em que trabalha.

Com a maior dúvida respondida, se a mulher estaria grávida, agora a polícia deverá ouvir outros familiares. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ivahir Freitas Garcia Filho, presente na coletiva, a mulher deverá prestar esclarecimentos na próxima semana e poderá ser ouvida em domicílio, a pedido da defesa que busca preservá-la do assédio das pessoas.

A pena por falsidade ideológica e uma eventual vantagem sobre as doações recebidas podem levar a professora de um a quatro anos de reclusão. "Ela se perdeu no caminho e não achou meios para se encontrar", comentou o delegado. "Pelas pessoas que conversamos tudo levava a crer numa farsa. Tínhamos quase certeza que ela não estaria grávida", declarou.

Segundo o advogado que agora defende a falsa grávida, "ela se prontificou a devolver as doações". Caso algum doador recuse a devolução, ela prometeu fazer doações. Maria Verônica teria uma consulta psiquiátrica nesta tarde.

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