Já em vigor desde 1º de janeiro, o novo salário-mínimo é de R$ 622 - um aumento de 14,13%. Esse aumento de R$ 77 vai injetar R$ 47 bilhões na economia brasileira, calcula o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Descontada a inflação estimada para 2011, o aumento real do salário mínimo deve ser de 9,2%.
Segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo e, portanto, serão diretamente beneficiadas com o aumento. O governo também passará a arrecadar R$ 22,9 bilhões a mais devido ao aumento do consumo causado pelo reajuste.
O aumento de R$ 77 do salário mínimo vai causar um gasto extra anual de R$ 19,8 bilhões à Previdência Social, de acordo com um estudo feito pelo Dieese.
O custo para a Previdência, contudo, é menor do que o aumento da arrecadação de impostos que o novo salário mínimo trará. Segundo o Dieese, devido ao crescimento do consumo consequente da alta do piso salarial, a arrecadação de impostos subirá em R$ 22,9 bilhões em 2012.
Os beneficiários do INSS representam, de acordo com o levantamento, a maior parte dos brasileiros diretamente beneficiados com o aumento do piso salarial. Das 48 milhões de pessoas que têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo, 19,7 milhões (41%) são aposentados ou pensionistas.