sexta-feira, 23 de março de 2012

Período chuvoso facilita surgimento de doenças


O período chuvoso, apesar de umidificar o ar e trazer um certo alívio para o calor típico da Capital, requer atenção redobrada por parte da população. É nessa época do ano que se proliferam com mais facilidade a maioria das bactérias e quando aparecem, em grande escala, doenças infecciosas típicas do período, lotando hospitais e unidades básicas de atenção à saúde.

De acordo com o médico infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ivo Castelo Branco, muitas doenças são favorecidas pelas atuais condições climáticas, como a gripe e as viroses respiratórias, por exemplo. O médico explica que, devido às chuvas, muitas pessoas tendem a ficar mais aglomeradas, favorecendo, assim, a transmissão de doenças causadas por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, e fungos e, por isso, locais lotados devem ser evitados. "É também quando temos uma maior incidência de casos de dengue", completa.

Castelo Branco acrescenta que existem as doenças causadas pela veiculação da própria água, como a leptospirose, por exemplo, que é causada por uma bactéria contida na urina do rato e muito comum nas enxurradas ou enchentes.

A época também pode ser propícia à contaminação da água do mar. Isso ocorre porque, com as inundações, o lixo acumulado das ruas e os dejetos de animais e de seres humanos acabam sendo arrastados em direção às praias por meio das galerias pluviais, aumentando a quantidade de coliformes fecais e causando doenças como a diarreia.

Para alertar a população, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) emitiu, na última quinta-feira, 15, o novo boletim de balneabilidade nos pontos monitorados nas praias de Fortaleza, que apontou 22 deles próprios para banho na orla da Capital, conforme análises dos laboratórios da Gerência de Análise e Monitoramento (Geamo) da autarquia.

Para o ponto ser considerado próprio, não pode apresentar mais que mil coliformes termotolerantes para cada 100ml de água coletada. As análises seguem o padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

(Por Diário do Nordeste)