sexta-feira, 23 de março de 2012

Segurança da urna eletrônica brasileira começa a ser testada em evento na sede do TSE



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início na manhã desta terça-feira (20), na sede da corte, em Brasília-DF, à 2ª Edição dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação. Até esta quinta-feira (22), os 24 investigadores inscritos no evento tentarão executar “ataques” à urna eletrônica e seus componentes internos e externos, podendo, para tanto, visualizar o código-fonte da urna e acessar a internet, tudo sob a supervisão da Comissão Disciplinadora dos testes.

O evento busca dar ainda mais transparência ao processo eleitoral e comprovar sua confiabilidade e segurança, possibilitando aos participantes a identificação eventuais falhas do sistema relacionadas à violação da integridade e ao sigilo do voto. Conforme o Edital n° 01/2012, os testes deverão considerar os seguintes elementos e componentes da urna: processo de carga; hardware; lacre físico; dispositivos de logística que protegem a urna; mídias eletrônicas; conteúdo das mídias de dados; e software de votação utilizado na seção eleitoral.

De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, o objetivo do Tribunal com os testes não é simplesmente oferecer “um desafio”. “É algo muito maior que isso. Nós colocamos aqui o sistema, aberto, para que venham as contribuições”, explica Janino, ressaltando que o evento é inédito no mundo, não havendo registro de que qualquer país tenha feito algo semelhante.

Na opinião do secretário de TI, o evento é ainda mais importante porque todas as sugestões apresentadas serão aproveitadas com o intuito de aperfeiçoar ainda mais os dispositivos de segurança do sistema eletrônico de votação.

“Se houver quebra de alguma barreira, será positivo porque vamos implementar ações corretivas para melhorá-las. Se não houver, ganharemos mesmo assim, pois vamos implementar ações preventivas baseadas naquilo que foi apresentado. Então, de qualquer maneira, o resultado será sempre positivo”, conclui.

O evento tem o apoio do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade de Brasília (UnB). A primeira edição dos testes públicos de segurança foi realizada em 2009.

(Por TSE)