terça-feira, 13 de novembro de 2012

"A Agonia da Seca"





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Por Antonio de Paula Batista*
A região Nordeste do Brasil ocupa uma área de 1.561.177 km², correspondente a 18,27% do território brasileiro, dos quais cerca de 962.857 km² situa-se no polígono das secas. A região que compreende esse polígono engloba todos os estados do nordeste (exceto o Estado do Maranhão, o Distrito de Fernando de Noronha e algumas áreas úmidas do nordeste), além do norte de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo e abriga uma população de cerca de 53.081.950 habitantes, equivalente a 27,37% do total nacional, (IBGE, 2010)
A região produz aproximadamente 16% do PIB brasileiro e seu PIB per capita corresponde a 56% do PIB por habitantes do Brasil. O nordeste apresenta algumas singularidades do cenário geoeconômico brasileiro. Aqui vive aproximadamente metade da população pobre do pais, ou seja, algo em torno de 8 milhões de nordestinos vivem em absoluta pobreza.
Em termo geográfico a região mostra-se bastante heterogênea, apresentando grande variedade de situações físico-climáticas. Dentre estas se destaca a zona semi-árida, que, além da sua extensão de 878.973 km² (cerca de 57% do território nordestino), singulariza-se por ser castigada periodicamente por secas. As secas podem ocorrer sobre a forma de drástica diminuição ou de concentração espacial e/ou temporal da precipitação pluviométrica anual. Quando ocorre uma grande seca como a que estamos vivenciando, a produção agrícola se perde, a pecuária é debilitada ou dizimada e as reservas de água de superfície se exaurem. Nestas condições, as camadas mais pobres da população rural tornam-se inteiramente impotente e vulnerável ao fenômeno climático.