quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Justiça suspende processo contra falsa grávida de Taubaté


Foto: Jorge Araújo-6.jan.12/Folhapress
A Justiça de São Paulo suspendeu nesta terça-feira (6) o processo criminal aberto contra a pedagoga Maria Verônica Aparecida Santos, moradora de Taubaté (140 km de São Paulo) que ficou conhecida por inventar uma gravidez de quadrigêmeas.
A audiência ocorreu na tarde desta terça na 3ª Vara Criminal, em Taubaté.
Maria Verônica e o marido, Kleber Vieira, respondiam por suposto crime de estelionato. Em janeiro, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar se o casal agiu de má-fé, por ter recebido presentes e ajuda financeira para cuidar de quatro Marias, que não existiam.
Segundo o advogado do casal, Enilson de Castro, os dois foram indiciados, mas cumpriam requisitos previstos em lei --como bons antecedentes-- que permitem a suspensão pelo prazo de dois anos. Por isso, diz o defensor, o acordo não entrou na discussão se houve ou não crime.
Caso não pratiquem nenhum crime nesse período, a punibilidade será extinta.
A medida substitui a denúncia. O Ministério Público diz que a suspensão foi solicitada porque a falsa grávida demonstrou arrependimento e devolveu todos os bens que ganhou ao anunciar a gravidez.
Em maio, a pedagoga já havia feito um outro acordo na Justiça de Santa Catarina, por ter apresentado à imprensa como suas imagens de um ultrassom encontrado na internet. Ela se comprometeu a pagar R$ 4.000 por danos morais à mãe do menino que aparece nas imagens.
O advogado de Maria Verônica diz que ela ainda passa por tratamento psicológico e está melhorando "gradativamente". Em maio, ele afirmou que a pedagoga foi diagnosticada com "pseudologia phantastica", doença que a faria criar um "mundo da fantasia" e acreditar na própria farsa.