Foto: Jorge Araújo-6.jan.12/Folhapress |
A
Justiça de São Paulo suspendeu nesta terça-feira (6) o processo criminal
aberto contra a pedagoga Maria Verônica Aparecida Santos, moradora de
Taubaté (140 km de São Paulo) que ficou conhecida por inventar uma
gravidez de quadrigêmeas.
A audiência ocorreu na tarde desta terça na 3ª Vara Criminal, em Taubaté.
Maria
Verônica e o marido, Kleber Vieira, respondiam por suposto crime de
estelionato. Em janeiro, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar se o
casal agiu de má-fé, por ter recebido presentes e ajuda financeira para
cuidar de quatro Marias, que não existiam.
Segundo
o advogado do casal, Enilson de Castro, os dois foram indiciados, mas
cumpriam requisitos previstos em lei --como bons antecedentes-- que
permitem a suspensão pelo prazo de dois anos. Por isso, diz o defensor, o
acordo não entrou na discussão se houve ou não crime.
Caso não pratiquem nenhum crime nesse período, a punibilidade será extinta.
A
medida substitui a denúncia. O Ministério Público diz que a suspensão
foi solicitada porque a falsa grávida demonstrou arrependimento e
devolveu todos os bens que ganhou ao anunciar a gravidez.
Em
maio, a pedagoga já havia feito um outro acordo na Justiça de Santa
Catarina, por ter apresentado à imprensa como suas imagens de um
ultrassom encontrado na internet. Ela se comprometeu a pagar R$ 4.000
por danos morais à mãe do menino que aparece nas imagens.
O
advogado de Maria Verônica diz que ela ainda passa por tratamento
psicológico e está melhorando "gradativamente". Em maio, ele afirmou que
a pedagoga foi diagnosticada com "pseudologia phantastica", doença que a
faria criar um "mundo da fantasia" e acreditar na própria farsa.