O
Governo do Estado tem alegado momento de grave crise financeira e
orçamentária, no entanto não adotou nenhuma das medidas
constitucionalmente previstas para a diminuição de despesa com pessoal;
como redução de cargos em comissão e funções de confiança; exoneração de
servidores não estáveis; extinção de cargos e funções; extinção de
órgãos públicos; nem implementou o abate teto na folha de pagamento,
conforme autorizado pelo Supremo Tribunal Federal.
Diante desse
quadro, o Ministério Público decidiu investigar possíveis
irregularidades na execução orçamentária do Governo, principalmente
quando o Estado atrasa o pagamento de parte dos servidores públicos e
deixa de adotar providencias legais previstas para redução de gastos.
A Portaria nº
45/2013 instaura Inquérito Civil Público para apurar as reais condições
da crise financeira, uma vez que o Governo do Estado alega frustração de
receita, mas no seu Portal da Transparência consta a informação de que a
arrecadação do mês superou em quase R$ 200 milhões a folha de pagamento
do Estado.
Entre as
diligências iniciais o MPRN solicitou à Superintendência do Banco do
Brasil informações sobre os saldos existentes na data de 30 de setembro
de 2013 em todas as contas de titularidade do Estado do Rio Grande do
Norte; e se há registro de alguma aplicação financeira realizada pelo RN
durante os meses de setembro e outubro de 2013.