Os Petroleiros do Rio Grande do Norte entraram em greve nesta quinta-feira (17), por tempo indeterminado, contra o primeiro leilão do pré-sal que está programado para a próxima segunda (21).
Segundo o Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro-RN), as atividades foram paralisadas desde a zero hora de hoje e faz parte da greve nacional unificada, com parada de produção por tempo indeterminado. O movimento propõe abranger as áreas administrativas e operacionais, envolvendo trabalhadores do Sistema Petrobrás e de empresas terceirizadas.
"A greve é uma resposta à direção da Companhia que, depois de dois meses de negociação e de uma paralisação de 24 horas, apresentou aos trabalhadores uma das piores propostas de Acordo Coletivo de Trabalho dos últimos anos. A mobilização também exige o arquivamento do Projeto de Lei 4330, que escancara a terceirização no país, e o cancelamento do leilão do Campo de Libra, programado para 21 de outubro", disse em nota o sindicato.
Na tarde de hoje, a partir das 16h30, os Petroleiros vão realizar um ato público contra o leilão de Libra no calçadão da Rua João Pessoa, em Natal.
São Paulo
Assim como no RN, o estado de São Paulo e outras federações também paralisaram as atividades. Funcionários de refinarias e prédios administrativos da Petrobras e de subsidiárias de São Paulo entraram em greve hoje também por tempo indeterminado.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro), os terminais terrestres de Barueri, Guararema, Paulínia e São Caetano do Sul são alguns dos afetados pela greve no interior do estado.
Eles são administrados pela subsidiária Transpetro, funcionam como entrepostos para os diferentes modais de transportes (que podem ser aerovias, dutos, ferrovias, hidrovias e ferrovias), e são responsáveis pelo armazenamento e estocagem de petróleo e derivados, de biocombustíveis e de gás.
Nesta tarde, os petroleiros também vão realizarum ato contra o leilão, no bairro Paraíso, zona sul da capital. A concentração será às 17h na Praça Oswaldo Cruz. A Petrobras não se posicionou a respeito da greve até a publicação desta matéria.
Com informações da Agência Brasil
