sábado, 18 de janeiro de 2014

Soneto ao rio da minha terra - Claudianor D. Bento


Soneto ao rio da minha terra
 Ao Rio Jacu Santo Antônio-RN

Lágrimas descem, pelo rosto, ao frio
Sucedendo ao pranto que por si se encerra
Saudade eterna da longínqua terra
Que só em sonhos e em desejos espio.

Pedra da onça que sustenta, em curva, o rio
Na lembrança o vejo serpenteando o agreste
Caudaloso rio que sob a invernada desce
Ao jacu que canta alimentando o seu ninho.

Poderia eu, saudoso rio, pelas tuas águas entrar
Pois no mesmo instante onde encontras o mar
Deixas a porta aberta onde tudo escondes!

Mas se o destino me quis assim reservar
Para que algum dia eu possa enfim voltar
Debruçarei por fim nas tuas eternas fontes!
Claudianor D. Bento – novembro de 2012