segunda-feira, 9 de junho de 2014

Deputado José Dias estranha posição de Gesane Marinho e diz que “há coisas na vida que o dinheiro não consegue comprar”

O Deputado José Dias envia nota forte ao  blog BG, sobre a posição da Deputada Gesane Marinho e faz insinuações pesadas sobre o “acordão”. Segue:

A nota da deputada Gesane Marinho afirmando que não é mais candidata à reeleição me surpreendeu tanto quanto as supostas motivações elencadas para a sua decisão.
Segundo a nobre colega haveria uma falta de atenção do PSD “em viabilizar condições favoráveis para que seus membros concorram ao mandato de deputado estadual”. E, ainda, que a direção estadual do PSD “está preocupada apenas em se lançar na concorrência ao Governo do Estado, esquecendo-se de outras candidaturas existentes dentro do partido”.
Ora, a deputada Gesane, a quem respeito, sabe muito bem do teor das conversas que temos mantido nas últimas semanas e dos esforços que o PSD e boa parte do PT tiveram para que a coligação entre os dois partidos se estendesse também na disputa para a Assembleia, e não ficasse restrita apenas à eleição majoritária e em nível federal.
Como eu, a deputada Gesane foi testemunha desses esforços, conduzidos, objetiva e democraticamente, por Robinson Faria e Fátima Bezerra.
Infelizmente, parte do PT não concordou em coligar-se para deputado estadual. E eu, mesmo não concordando com essa posição, aceitei a decisão por respeito às regras do espírito democrático e por acreditar que, mesmo sendo uma decisão que beneficiará mais a chapa majoritária, não inviabilizará de maneira alguma a chapa proporcional. Nós, do PSD, acreditamos que conseguiremos viabilizar a eleição de até três candidatos na disputa à legislatura estadual, o que incluiria, provavelmente, o nome da deputada, caso se mantivesse na disputa.
Se desconheço os reais motivos e interesses por trás dessa decisão da deputada Gesane Marinho, que encaro como de cunho estritamente pessoal, e, portanto, me permite não alongar-me nas conjecturas, é fato que não desconheço as articulações do chamado grupo do acórdão para tentar tirar Robinson Faria e Fátima Bezerra da disputa, usando, muitas vezes, dos mais questionáveis métodos, desde agrados sutis a ameaças explícitas.
Não conseguiram, é claro.
E não conseguirão, por um simples fato: há coisas na vida que o dinheiro não consegue comprar.
Houve um tempo, não muito distante para não ser esquecido, que o senador Dinarte Mariz proferiu frase famosa que entraria para a história política do estado: “Cada homem tem seu preço e eu sei o preço de cada um”.
Recordo o episódio diante do cenário atual, quando a obsessão de poucos em tentar arrebanhar o apoio de muitos, numa tentativa pífia de se vencer a eleição por W.O., já dá sinais de cansaço, de derrota e da cristalização de uma rejeição antiga travestida agora de “mudança”.
Uma coisa, com certeza, não muda. A obsessão e a fome de poder de alguns políticos é tamanha que eles têm enxergado o Rio Grande do Norte como uma grande mesa farta, semelhante à que têm em suas casas, em seus palácios, onde acreditam que poderão se refastelar continuamente, esquecendo que, quando a fome é tão grande, pode criar ilusões e até delírios de grandeza. E ofuscar uma verdade incontestável: a consciência de muitos não tem preço, não está à venda, não é negociável.