A bancada de oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) protocolou, na tarde desta quinta (28), na Mesa Diretoria da Câmara Municipal de Natal (CMN), pedido de impeachment contra a gestora, sob o argumento de que a Prefeitura do Natal não tem repassado para educação verbas com amparo constitucional. O clima em plenário esquentou e a sessão foi suspensa por volta das 16h40, devendo retornar na próxima terça-feira para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e discussão sobre o pedido de impeachment.
O vereador Raniere Barbosa (PRB) propôs a formação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para o processo de impeachment da prefeita.
Segundo o vereador Júlio Protásio (PSB), que apresentou o requerimento, o pedido de impeachment foi assinado por ele próprio, Júlia Arruda (PSB), Franklin Capistrano (PSB), Luís Carlos (PMDB), Fernando Lucena (PT), Sargento Regina (PDT), Raniere Barbosa e Adão Eridan (PR).
"É importante entender que nós somos representantes do povo de Natal, e o povo quer o impeachment da prefeita", afirmou Sargento Regina.
Criticando a proposta da oposição, o líder da bancada da prefeita, vereador Enildo Alves (DEM), disse "não entender o asco que existe aqui contra Micarla". Prontamente, o oposicionista Raniere Barbosa rebateu: "é estranho o vereador Enildo Alves fazer esse comentário, já que ele está a todo momento contra Carlos Eduardo".
Também consta no documento que pede afastamento da prefeita a questão dos contratos de locação, que gerou ação de improbidade contra Micarla. Outro argumento da bancada da oposição são os contratos supostamente dirigidos para empresas na área da saúde, que desencadearam a Operação Assepsia.