A TIM continua
sendo a pior operadora em número de reclamações dos clientes, segundo
dados divulgados nesta quarta-feira (12) pela Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações).
O dado faz
parte do primeiro relatório de fiscalização da agência sobre a qualidade
das operadoras de telefonia móvel após medida de suspensão das vendas
de novos chips, em julho deste ano.
Na época da
intervenção da reguladora, três das maiores companhias de telefonia
móvel do país foram suspensas em razão do grande volume de reclamações
dos usuários: TIM, Oi e Claro.
Desde a
retomada das vendas, 11 dias após a proibição, as empresas começaram a
cumprir o plano de melhorias e investimentos que elas mesmas
apresentaram à Anatel. Cada plano trazia metas mensais para redução do
número de reclamações dos clientes.
Nesta primeira
avaliação da agência, a TIM, apesar de seguir com maior número de
reclamações, conseguiu reduzir o número de queixas dos clientes. As
ligações registradas no call centrer da Anatel contra a empresa passaram
de 4.000 em agosto para cerca de 3.750 em outubro.
A Claro foi a
única empresa que não manteve trajetória decrescente em seu desempenho.
Foram registradas pouco mais de 2.000 reclamações em agosto na Anatel.
Houve queda para cerca de 1.750 reclamações registradas em setembro,
mas, em outubro, o número voltou a subir e registrou 2.000 reclamações.
A Oi, por sua
vez, recebeu pouco mais de 2.000 reclamações em agosto e fechou outubro
com o melhor resultado entre as três companhias punidas: cerca de 1.400
reclamações.
OUTRO LADO
Em nota, a TIM
informou que atua ativamente para atender aos clientes com qualidade e
frisou que é a segunda operadora menos demandada no volume total de
reclamações registradas na Anatel desde agosto de 2011.
A Claro
informou que já investiu “boa parte dos recursos que prometeu aplicar em
infraestrutura [R$ 7,5 bilhões em três anos]” e que continua se
empenhando para cumprir as metas estabelecidas pela agência reguladora.
A Oi não se manifestou.
INSUFICIENTE
Os números
foram apresentados pelo presidente da agência, João Rezende, em
audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática do Senado nesta quarta-feira (12).
Para ele, os resultados revelam que os esforços das empresas na melhoria da qualidade foram “insuficientes”.
Ele destacou
que as prestadoras precisam investir mais para que os usuários percebam
melhorias substanciais nos serviços. “A agência está acompanhando de
perto esses investimentos para assegurar que os consumidores recebam de
suas operadoras os serviços que contrataram.”
ANTENAS
Rezende
informou que houve avanços, como o incremento de 13,87% no número de
antenas destinadas à transmissão de voz e dados para a telefonia móvel
nos últimos três meses em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Fonte: Folha