O Deputado José Dias envia nota forte ao blog BG, sobre a posição da Deputada Gesane Marinho e faz insinuações pesadas sobre o “acordão”. Segue:
A
nota da deputada Gesane Marinho afirmando que não é mais candidata à reeleição
me surpreendeu tanto quanto as supostas motivações elencadas para a sua
decisão.
Segundo
a nobre colega haveria uma falta de atenção do PSD “em viabilizar condições
favoráveis para que seus membros concorram ao mandato de deputado estadual”. E,
ainda, que a direção estadual do PSD “está preocupada apenas em se lançar na
concorrência ao Governo do Estado, esquecendo-se de outras candidaturas
existentes dentro do partido”.
Ora,
a deputada Gesane, a quem respeito, sabe muito bem do teor das conversas que
temos mantido nas últimas semanas e dos esforços que o PSD e boa parte do PT
tiveram para que a coligação entre os dois partidos se estendesse também na
disputa para a Assembleia, e não ficasse restrita apenas à eleição majoritária
e em nível federal.
Como
eu, a deputada Gesane foi testemunha desses esforços, conduzidos, objetiva e
democraticamente, por Robinson Faria e Fátima Bezerra.
Infelizmente,
parte do PT não concordou em coligar-se para deputado estadual. E eu, mesmo não
concordando com essa posição, aceitei a decisão por respeito às regras do
espírito democrático e por acreditar que, mesmo sendo uma decisão que
beneficiará mais a chapa majoritária, não inviabilizará de maneira alguma a
chapa proporcional. Nós, do PSD, acreditamos que conseguiremos viabilizar a
eleição de até três candidatos na disputa à legislatura estadual, o que
incluiria, provavelmente, o nome da deputada, caso se mantivesse na disputa.
Se
desconheço os reais motivos e interesses por trás dessa decisão da deputada
Gesane Marinho, que encaro como de cunho estritamente pessoal, e, portanto, me
permite não alongar-me nas conjecturas, é fato que não desconheço as
articulações do chamado grupo do acórdão para tentar tirar Robinson Faria e
Fátima Bezerra da disputa, usando, muitas vezes, dos mais questionáveis
métodos, desde agrados sutis a ameaças explícitas.
Não
conseguiram, é claro.
E
não conseguirão, por um simples fato: há coisas na vida que o dinheiro não
consegue comprar.
Houve
um tempo, não muito distante para não ser esquecido, que o senador Dinarte
Mariz proferiu frase famosa que entraria para a história política do estado:
“Cada homem tem seu preço e eu sei o preço de cada um”.
Recordo
o episódio diante do cenário atual, quando a obsessão de poucos em tentar
arrebanhar o apoio de muitos, numa tentativa pífia de se vencer a eleição por
W.O., já dá sinais de cansaço, de derrota e da cristalização de uma rejeição
antiga travestida agora de “mudança”.
Uma
coisa, com certeza, não muda. A obsessão e a fome de poder de alguns políticos
é tamanha que eles têm enxergado o Rio Grande do Norte como uma grande mesa
farta, semelhante à que têm em suas casas, em seus palácios, onde acreditam que
poderão se refastelar continuamente, esquecendo que, quando a fome é tão
grande, pode criar ilusões e até delírios de grandeza. E ofuscar uma verdade
incontestável: a consciência de muitos não tem preço, não está à venda, não é
negociável.