segunda-feira, 6 de junho de 2011

País pode ganhar nas próximas eleições mais oito partidos


Novos vão se somar aos 27 já existentes. As novas legendas contemplam mulheres e segmentos ambientais e religiosos


Os eleitores brasileiros ainda nem decoraram o significado das 27 legendas políticas do país e já podem ter, nas próximas eleições, mais trabalho para se atualizar, com novos ingredientes na já encorpada sopa de letras da política nacional. Interessados em ampliar o horizonte partidário articulam o registro de pelo menos oito novas legendas, conforme comunicado ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Para garantir a participação nas urnas, eles precisam conseguir 482.894 assinaturas de apoio.



Para começar a formar um partido é preciso ter pelo menos 101 eleitores de, no mínimo, um terço dos estados, elaborar um programa e estatuto partidário que será publicado no Diário Oficial da União, e registrar no cartório de Brasília. Ao TRE-MG foram enviados dados de oito processos em andamento que contemplam segmentos ambientais, de mulheres e religiosos. Eles correm atrás agora dos eleitores, que no estado devem ser no mínimo 11.838 assinaturas.

Os verdes, por exemplo, além do PV, podem ter como opção o Partido Ecológico Nacional (PEN) ou o Partido do Meio Ambiente (PAM). Os dois estão sendo formados com a bandeira do desenvolvimento sustentável, com respeito à preservação das reservas ecológicas. O presidente do PAM, Jurandir Silvério, conta que já visitou 25 capitais e conseguiu estabelecer representantes regionais em 16 deles. Até hoje, o PAM conta com 290 mil assinaturas, mas ele acredita na viabilização do partido no pleito de 2012. “Nossa intenção não é concorrer com o PV, mas estar de mãos dadas com todos que queiram andar junto com o meio ambiente”, disse.

Já Adilson Barroso, presidente nacional do PEN, o partido tem 99,9% de chances de constar nas urnas ano que vem. Também será um partido da “sustentabilidade” a se somar aos verdes. “Já existe o PV mas se a pessoa não gostou do estatuto, por exemplo, pode ter outro verde como o nosso para entrar”, disse. Barroso discorda que haja um grande número de partidos no Brasil. “Não é muito para uma nação de 200 milhões de habitantes”, disse.

Mulheres

O segmento feminino também se organiza com o Partido da Mulher Brasileira, que tem como eixos “a valorização social, moral, profissional e política da mulher” e sua “integração social”. Em seu site, apresenta um manifesto defende a igualdade de direitos. Se articulam ainda o Partido da Pátria Livre e o Partido Cristão. Na área social, pode vir aí o Partido Social Democrático e o Partido da Transformação Social. Este último, PTS, segundo o secretário administrativo em Belo Horizonte, Adelson de Souza, já tem assinaturas em 18 estados e terá a linha de esquerda. A maioria dos filiados viria do PT. “Resolvemos criar porque dentro dos outros partidos não temos espaço para expor ideias ou resolver os problemas da sociedade. E, tirando três ou quatro partidos de elite, o restante são legendas de aluguel, que para a gente não serve”, afirmou.

O mais famoso dos partidos em criação é o Partido Social Democrata, do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que deixou o DEM para formar a nova agremiação. Em Minas Gerais, já conseguiu filiar cinco parlamentares no exercício do cargo. Também recolhem assinaturas em Minas Gerais os representantes do Partido Novo, gestado pelo economista João Dionísio Amoedo, que tem como filosofia a adoção de práticas da iniciativa privada pelo poder público.

À espera de registro

Partido Novo (PN)

Partido Ecológico Nacional (PEN)

Partido do Meio Ambiente (PAM)

Partido Social Democrático (PSD)

Partido Pátria Livre (PPL)

Partido da Mulher Brasileira (PMB)

Partido Cristão (PC)

Partido da Transformação Social (PTS)



(Por Juliana Cipriani – ESTADO DE MINAS)