Líder do partido na Câmara também cobrou aos petistas que devolvam os cargos nos seis estados governados pela PSB no ES, AP, PB, PI, PE, CE.
O presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, evitou dizer que a decisão signifique um rompimento com a presidenta Dilma Rousseff, com quem ele vai se encontrar hoje no Palácio Planalto. Campos disse que vai comunicar a decisão do partido em “tom de muito respeito”. Segundo ele, o PSB tem pontos de divergência com o Planalto, que eram difíceis de ser explicitados, pelo fato de o partido servir ao governo. “Agora fica mais fácil fazer o debate sem nenhum tipo de constrangimento”, avaliou.
O líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que a partir de agora a posição do PSB no Congresso será de independência. “Nós não estaremos na Esplanada dos Ministérios, nós não vamos governar juntos, não teremos cargos no governo, mas as pautas que mereçam mérito terão o nosso apoio, não tenham dúvida nenhuma. Não somos governistas, governistas são aqueles que estão agarrados não em princípios, mas em interesses e, às vezes, no governo a vida toda. Nós não somos governistas, somos independentes”, explicou ressaltando que “divórcio é divórcio, amigável ou não”.
Albuquerque cobrou que, nos seis estados governados pela legenda (ES, AP, PB, PI, PE, CE), o PT devolva os cargos que ocupa. “Quem pede aqui tem que ser coerente lá na ponta. Seria no mínimo altivo, de algumas lideranças, que nos cobraram nacionalmente, agirem da mesma forma como nós estamos agindo no plano nacional, entregando seus cargos aos nossos governadores”, disse.