segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dilma propõe Constituinte para reforma política e mais quatro pactos nacionais

“Quero neste momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o País tanto necessita” Dilma Rousseff

Dilma se reúne com governadores e prefeitos para discutir manifestações
A  presidente Dilma Rousseff apresentou nesta segunda-feira medidas concretas para a resolução dos principais pontos reivindicados pela onda de protestos há duas semanas. Ela elencou cinco pactos, dos quais o mais ousado é a criação de um plebiscito que debaterá a reforma política e, dentre outros assuntos, deverá propor que o crime de corrupção seja considerado hediondo.
O primeiro pacto anunciado por Dilma foi o da responsabilidade fiscal, com o objetivo de garantir a estabilidade da economia diante da atual crise mundial.
O segundo pacto é “em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os horizontes da cidadania”, disse a presidente.
O terceiro pacto diz respeito à melhoria do sistema de saúde do País, acelerando “os investimentos já contratados em hospitais, UPAs (unidades de pronto-atendimento) e unidades básicas de saúde”, disse Dilma. Segundo a presidente, outra medida que pode ser adotada é a inclusão de hospitais filantrópicos ao programa que rebate dívidas com mais vagas a pacientes do SUS.
O quarto pacto anunciado por Dilma diz respeito ao transporte público e mobilidade urbana, gatilhos da série de protestos. A presidente anunciou um investimento de R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô e corredores de ônibus. Além disso, Dilma anunciou a criação do Conselho Nacional do Transporte Público, “com participação da sociedade e dos usuários”, em busca de “maior transparência e controle social no cálculo das tarifas”
O quinto pacto foi educação  anunciado por Dilma. A presidente reiterou a defesa pela aprovação da proposta que destina 100% dos royalties do petróleo à educação do País, e pediu apoio do Congresso para acelerar a tramitação da pauta.