terça-feira, 29 de abril de 2014

Quadrilha que matou policial civil queria assaltar um depósito de bebidas em Santo Antônio do Salto da Onça

Caso Ilfran: informações de familiares levaram policiais aos criminosos

A quadrilha suspeita de matar o policial civil Ilfran André Tavares de Araújo era formada por jovens de classe média e que queriam dinheiro somente para gastar em festas. A afirmação foi dada pelos delegados Herlânio Cruz, Frank Albuquerque e Rossana Pinheiro, durante coletiva na manhã desta terça-feira (29), onde os delegados explicaram a prisão do grupo. Informações de amigos e familiares facilitaram a prisão do bando.

De acordo com os delegados, a intenção inicial do grupo seria assaltar um depósito de bebidas em Santo Antônio do Salto da Onça, no agreste potiguar. Porém, na noite do domingo (27), o estabelecimento estava fechado e o grupo decidiu retornar a Natal, onde rodaram pelas ruas em busca de um novo alvo - até encontrarem a padaria em Petrópolis.

Antes de chegarem à padaria, os criminosos buscaram as armas em um Celta dirigido por Alessandro Wallace de Freitas Procópio, de 20 anos, que estava estacionado na Praça Cívica. O motorista permaneceu no carro, enquanto Gláucio Herculano Fonseca, de 19 anos, Marcelo Pegado Correia, de 18 anos, Thiago Jerônimo Pinheiro, 18, e um adolescente teriam se deslocado até a padaria para efetuar o assalto.

Chegando ao local do crime, Marcelo Pegado e Thiago Jerônimo ficaram em frente à padaria, enquanto Gláucio Herculano e o adolescente adentraram o estabelecimento e anunciaram o assalto. Gláucio abordou a funcionária que estava no caixa e o adolescente foi até o local onde estavam os clientes, quando foi entrou em confronto com o policial civil. Ao perceber a cena, Gláucio Herculano teria atirado duas vezes na cabeça de Ilfran André, que morreu no hospital.

Na fuga, Marcelo Pegado e Thiago Jerônimo (apontado como mentor do crime) deixaram o local em uma motocicleta, enquanto os outros dois fugiram em outra moto e Alessandro Wallace seguiu com o carro. Todos os veículos foram apreendidos, mas não há a confirmação se são produtos de roubo.

Segundo os delegados de polícia, somente Thiago Jerônimo não tinha ocupação. Marcelo Pegado era bombeiro civil, Gláucio Herculano atuava como auxiliar de britagem, Alessandro Wallace é motoboy e o adolescente é estudante. Todos são de famílias de classe média e o objetivo do crime era conseguir dinheiro para gastar em festas.


Com a investigação, os policiais colheram informações junto a testemunhas, conhecidos e familiares dos suspeitos, chegando ao paradeiro de todos. As prisões começaram às 14h, quando o adolescente foi preso em Parnamirim. Em seguida, Thiago Jerônimo foi detido no Parque das Dunas (Natal), Gláucio Herculano foi preso na casa da namorada em Macaíba, Marcelo Pegado foi encontrado em São Gonçalo do Amarante, e Alessandro Wallace foi preso na madrugada de hoje, no conjunto Soledade II. Nenhum reagiu à prisão.

De acordo com relatos da Polícia Civil, todos confessaram participação no crime. Porém, Gláucio Herculano, apontado como autor dos disparos que mataram o policial civil, nega que tenha cometido o homicídio.

Os suspeitos poderão ser processados por latrocínio e corrupção de menor, enquanto o adolescente terá registrado um ato infracionário análogo, além de participação no latrocínio.

-Por TN Online