
“Nós
estamos pressionando o Governo para que estes professores sejam pagos
agora em julho. Muitos largaram outro emprego ou foram morar em outra
cidade e estão tendo que ‘se manter a fiado’ porque não têm dinheiro
para nada. Isso é uma falta de sensibilidade com o profissional”, diz
José Teixeira, acrescentando que teve informações que o pagamento seria
realizado apenas no mês de agosto. A cobrança feita pelo Sindicato
irritou a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, segundo o
coordenador do Sintest/RN. “Nós argumentamos que é um absurdo que
professores estejam trabalhando há meses sem receber nem o primeiro
salário e a secretária disse que isto geralmente acontece com novos
nomeados. Nós sabemos que juntar estes três, quatro meses já é até uma
tradição do Estado, mas isso não significa que esta postura não pode ser
mudada”, critica José Teixeira. Ele lembra ainda que o déficit de
professores em sala ainda é grande e que resulta em um enorme prejuízo
para os alunos.
“O
Estado tinha a necessidade de 3 mil professores. Convocou mil e,
destes, 800 estavam aptos a assumir. Mais mil devem ser convocados em
breve, mas daqui que eles passem por todos os trâmites para assumir, o
ano letivo já acabou. Os alunos serão prejudicados mais uma vez e este é
um prejuízo muito maior do que o causado pela nossa greve no ano
passado, uma vez que repusemos as aulas e recuperamos o tempo perdido”,
conclui o coordenador geral do Sinte/RN. Em contato com a secretária de
Educação, Betânia Ramalho, ela afirmou a O Jornal de Hoje que a
tramitação do processo é lenta. “Existem processos e etapas a serem
cumpridas que são normais a todo servidor. O processo está tramitando na
regularidade, mas lamentavelmente este costuma durar entre três e
quatro meses”, disse a titular da pasta da Educação lembrando que os
professores foram chamados todos de uma única vez, mas que tomaram posse
ao longo de um mês. Segundo ela, um prazo médio pode ser dado apenas
pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos. A reportagem tentou
entrar com o secretário Álber Nóbrega, mas não obteve sucesso.
(Por Romildo Queiroz)