Ter
um filho por parto natural aciona a produção de uma proteína no cérebro
dos bebês que melhora o desenvolvimento do cérebro – um acionamento que
não ocorre com a mesma intensidade no parto via cesariana, informa um
estudo feito na Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos,
divulgado nesta quarta-feira (8) na revista especializada PloS ONE.
A
equipe liderada por Tamas Horvath estudou as diferenças entre os dois
tipos de partos na produção de uma proteína chamada UCP2, que é
importante para o desenvolvimento adequado dos neurônios do “hipocampo” –
região do cérebro responsável pela memória.
A
proteína também atua no metabolismo da gordura. Por isso, os cientistas
também acreditam que a sua produção pelo parto natural ajuda os bebês a
processarem melhor o leite materno.
Os
pesquisadores estudaram camundongos. Na hora do parto natural, os
roedores recém-nascidos acionaram a produção da UCP2 nessa área do
cérebro. No parto césareo, a produção da proteína foi consideravelmente
menor.
“O
aumento da prevalência das césareas por motivos de conveniência e não
necessidades médicas pode ter tipo um efeito prolongado no
desenvolvimento do cérebro de humanos também”, acredita Horvath.