ENCONTRO COM A MORTE NA ESTRADA AOS 32 ANOS DE IDADE
A vida do cantor foi cortada por
um fatal acidente automobilístico quando retornava de um show na cidade
de Pesqueira, em Pernambuco, em 30 de janeiro de 1989 na estrada que
liga a cidade de São José do Campestre a Tangará. Sua discografia está
registrada em mais de 200 composições gravadas em 3 compactos, 14 LPs,
sendo 2 LPs e 4 CDs pós-morte. Pelo muito sucesso que fez, Carlos
Alexandre recebeu em vida, 15 discos de ouro. Artistas como Bartô Galeno
e Gilliard, gravaram músicas do cantor que, apesar de ter surgido em
1978, foi somente na década de oitenta que estabeleceu uma carreira
triunfante. Suas composições ganharam destaque também, nas vozes de
outros nomes bastante conhecidos e prestigiados pelo público romântico
de Genival Lacerda, Gilliard, Bartô Galeno, Barros de Alencar, Ismael
Carlos e outros.
A morte de Carlos Alexandre repercutiu como uma bomba nos corações apaixonados dos seus milhares de fãs espalhados pelo território nacional. Como se não bastasse o fato de morrer tão jovem, aos 32 anos, os fãs estavam perdendo de vez a oportunidade de algum dia poder ver seu ídolo de perto, de poder acompanhar uma carreira de sucesso. De repente, seus tiveram que se conformar com a falta definitiva que o artista faria a cada ano em que um disco seu não mais seria lançado. Como grande vendedor de discos que foi durante a carreira, após sua morte a RGE colocou no mercado 2 LP’s em homenagem ao cantor e mais tarde, outros 4 CD’s com coletâneas do artista, a fim de suprir a carência dos fãs e lucrar com a morte do artista, o que é muito comum no mercado fonográfico.
O cantor nasceu
em Nova Cruz, Rio Grande do Norte. Autor e intérprete de muitos
sucessos, nasceu no dia 01 de junho de 1957. Na fase adulta passou a
morar em Natal, onde iniciou a carreira de músico e conheceu o DJ Carlos
Alberto de Sousa (outro que merece uma biografia, pelo muito que fez
pela música popular), maior incentivador da sua carreira. Carlos
Alberto, anos mais tarde tornou-se produtor do cantor e o levou para São
Paulo, onde foi apresentado aos produtores da gravadora RGE. Nos
estúdios da gravadora paulista gravou em 1978, seu primeiro compacto com
as músicas “Arma de Vingança” (parceria com Carlos Alberto) e “Canção
do Paralítico” (parceria com Osvaldo Garcia). A aceitação do público foi
imediata, a música passou a ser executada nas rádios, obtendo vendagem
superior a 100 mil cópias, fazendo com que a gravadora gravasse no mesmo
ano, o primeiro LP de Carlos Alexandre com o sugestivo título de
“Feiticeira” (parceria com Osvaldo Garcia), nome de uma das músicas do
disco que também foi gravado em castelhano. A experiência do cantor
potiguar resultou na explosão da música “Feiticeira”, disparada nas
rádios de norte a sul do país, levando o público a comprar mais de 250
mil cópias do LP.
Por o PARALELO CAMPESTRE