segunda-feira, 26 de agosto de 2013

GARIBALDI FILHO ENTREGA CARGOS NO GOVERNO E PMDB OFICIALIZA O ROMPIMENTO COM ROSALBA CIARLINI


O presidente do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves, deverá agendar para os próximos dias – provavelmente a próxima sexta-feira, a depender da agenda da Presidência da Câmara Federal – reunião da executiva estadual do PMDB com vistas à discussão quanto ao fim da aliança da legenda com o governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Nesta tarde, os indicados do partido para compor a gestão estadual avalizados pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, deverão ter reuniões com a governadora para a entrega dos respectivos cargos, segundo o que ficou acertado durante o último final de semana.
No último sábado, o ministro da Previdência e o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Alves, se reuniram com o secretário de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), Luis Eduardo Carneiro Costa. Eles solicitaram que o auxiliar entregasse o cargo, oficializando a saída do governo.
Garibaldi e Walter conversaram ainda com os presidentes da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac), Getúlio Batista, e da Companhia Estadual de Habitação (CEHAB), João Felipe, orientando que eles dispusessem dos cargos em razão da postura política de rompimento com o governo.
Fundac e CEHAB pertencem à estrutura organizacional da Sethas e estão subordinados ao secretário Luis Eduardo Carneiro Costa.
O presidente da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Fernando Dinoá, também participou de reunião com o ministro e com o líder do PMDB, e também deverá entregar o cargo hoje. A Sethas, a Fundac, a CEHAB e a Potigás constituem as indicações do ministro da Previdência na gestão Rosalba Ciarlini.
O secretário Luis Eduardo Carneiro Costa solicitou uma audiência com a governadora. O encontro estava previsto para hoje. Nesta manhã, o secretário, que aniversariou domingo, foi festejado pelos funcionários da Sethas, que aproveitaram a oportunidade para se despedir dele, diante das notícias de que deixará a pasta.
Ainda na manhã de hoje, o ministro da Previdência e o deputado Walter Alves participaram de reuniões internas, discutindo o desfecho da aliança com o governo Rosalba Ciarlini. Ambos não puderam ser contatados pela reportagem de O Jornal de Hoje.
ENCONTRO
Na reunião da executiva do PMDB, o presidente estadual do partido, Henrique Alves, deverá pôr em deliberação o fim da aliança da sigla com o governo Rosalba Ciarlini. Além dos cargos indicados pelo ministro, o PMDB também acomodou na gestão estadual o secretário de Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Júnior Teixeira, e o diretor-presidente do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Henderson Abreu – indicações do deputado Henrique Eduardo Alves.
Na última sexta, o deputado Henrique deu declarações à imprensa demonstrando sintonia com a ala da legenda ligada ao ministro Garibaldi e ao deputado Walter. Segundo Henrique, a saída de Luis Eduardo do governo precipitaria o rompimento do PMDB com Rosalba – o que muito provavelmente irá acontecer.
DECLARAÇÕES
Na semana passada, o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Walter Alves, concedeu entrevista ao Jornal de Hoje, na qual defendeu o rompimento do PMDB com o governo Rosalba. Ele pediu ainda a entrega dos cargos e a candidatura própria do partido a governador. “Para ajudar o Estado, o PMDB não precisa de cargos”, afirmou na oportunidade.
Em que pese estar se preparando para assumir uma função no executivo – ele finaliza um curso de gestão pública na Fundação Getúlio Vargas (FGV) – Walter negou que tenha pretensões de disputar o governo do Estado na eleição do ano que vem. Segundo ele, seu projeto será disputar a reeleição para a Assembleia Legislativa.
No último sábado, o secretário Luis Eduardo concedeu entrevista ao Jornal de Hoje, descartando permanecer no governo após as declarações de rompimento de Walter. De acordo com o auxiliar peemedebista, contudo, não seria ético anunciar o rompimento pelos jornais, porque, diferentemente dos detentores de mandato do PMDB, ele é auxiliar de Rosalba e não tinha motivos para sair do governo “atirando”, dado o respeito que sempre teve da governadora e do governo.

FONTE: Jornal de Hoje