quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Primeiro turno, próximo, para Dilma e Rosalba


Alguns webleitores insistem numa pergunta: vai ou não vai ter segundo turno para Governo do Estado e Presidência da República?

De antemão, é sensato reiterar que não possuo bola de cristal nem sou oráculo de Delfos.

Minha opinião é baseada no manancial de informações disponíveis, oficialmente, através de uma enxurrada de pesquisas. Ainda serve como fonte de dados o levantamento pessoal de impressões e a própria vivência na atividade.

Possibilidade de acertar 100% o que digo? Zero.

Mas depois desse preâmbulo longo, que no jornalismo conhecemos como "nariz-de-cera", vamos ao que interessa.

Governo do Estado

Para o Governo do Estado, todas as pesquisas - sem exceção - até o momento mostraram a mesma tendência: Rosalba Ciarlini (DEM) ganharia no primeiro turno.

Se todas as pesquisas não estiverem erradas, esse quadro pode se consolidar agora, nos últimos dias de campanha.

Não ocorreu qualquer fato novo, nada de relevante, que possa demonstrar mudança de cenário. Contudo é válido o esforço da oposição para empurrar a disputa para o segundo turno. E possível.

Porém, se Iberê Ferreira (PSB) continuar crescendo com adição de votos dos candidatos nanicos e Carlos Eduardo (PDT), não atingirá essa meta. É como mastigar e engolir o próprio rabo: não cresce efetivamente.

Ele necessita tirar votos, diretamente, de Rosalba.

Pelas pesquisas apresentadas até aqui, a senadora não tem perdido nutrientes. Mantém alto nível de cristalização das intenções de votos.

Presidência da República

Quanto à disputa à Presidência da República, o cenário é praticamente idêntico.

Dilma Roussef (PT) possui boa possibilidade de resolver tudo no primeiro turno. Trabalha para isso.

José Serra (PSDB) tem tido crescimento tímido, o mesmo acontecendo com Marina Silva (PV). Dilma sofreu certa queda. Contudo continua com alguma "gordura" para decidir tudo agora em 3 de outubro.

Pelo que pode ser visto, hoje, ela vence sem precisar ir ao segundo turno. Mas Serra e Marina precisam se capitalizar mais.

O escândalo recente da Casa Civil, que o Governo Lula tentou desconsiderar, vociferando contra a imprensa, afetou a candidatura petista. Porém ela ainda tem muito fôlego.

(Por Carlos Santos)