segunda-feira, 18 de julho de 2011

Chuva provoca deslizamentos e mortes na Paraíba e em Pernambuco

Rios e açudes transbordaram; estradas ficaram debaixo d’água

Do G1

Chove sem parar desde a última sexta-feira (15) em Pernambuco. Oito pessoas morreram. Houve muitos deslizamentos no fim de semana. Só em Olinda, foram 63 deslizamentos. Doze imóveis ficaram destruídos, mas em todo o estado foram deslizamentos de barreiras – e também mortes em cidades da região metropolitana do Recife.

A chuva fina encharcou a encosta, o que agrava o risco de desabamento. A Defesa Civil está em estado de alerta em todos os municípios. Já choveu nos 17 dias de julho mais do que a média histórica para todo o mês. A expectativa é que a chuva continue.

Na Paraíba, a chuva do fim de semana deixou 27 cidades em estado de emergência. Centenas de famílias também estão desabrigadas. Em média, foram 250 ml de chuva neste fim de semana – o que era esperado para todo o mês de julho. A previsão é de mais chuva.

Uma comunidade ribeirinha de João Pessoa sofreu bastante. Moradores tiveram de deixar suas casas e perderam praticamente tudo. O governo do estado decretou situação de emergência em 27 cidades.

Há registros de pontes que caíram, desmoronamentos e estradas bloqueadas. Ainda não se sabe quantas pessoas estão desabrigadas, mas nenhuma morte foi registrada. Os prefeitos das cidades devem se reunir nesta segunda-feira (18) para buscar soluções.

A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar trabalham para retirar famílias de áreas de risco. A BR-101, que liga Paraíba ao estado de Pernambuco, foi fechada no domingo (17) por causa dos alagamentos, mas já foi liberada nesta manhã. Das 121 barragens monitoradas pelo estado, 48 estão sangrando.

Apesar de toda a chuva, falta água potável no estado. Duas estações de tratamento foram inundadas. Por isso, o abastecimento teve de ser cortado em alguns bairros da capital paraibana. A companhia responsável pede para que a população colabore economizando água pelos próximos três dias. Serviços considerados essenciais, como educação e saúde, serão mantidos com carros-pipa.