quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Grupos de teatro de rua e saúde popular se apresentam no largo do TAM


Uma apresentação de grupos de teatro popular chamou a atenção, na sexta-feira (26) à tarde, de quem passava no Largo do Teatro Alberto Maranhão, na Ribeira. Era impossível alguém passar e não ter a curiosidade de parar e ver o que se passava dentro daquela roda de gente. Lá dentro, os atores populares faziam graça puxavam gargalhadas ao dramatizar assuntos ligados à saúde, como dengue, drogas, gravidez de risco, etc. Eram os grupos de teatro popular dos municípios de Santo Antônio do Salto da Onça, Nísia Floresta, Parnamirim e Natal que fizeram apresentações, dentro da programação cultural do Agosto da Alegria.


As apresentações encerraram a Oficina de Atualização de Teatro de Rua que foi realizada no período de 22 a 26 de agosto, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A oficina capacitou 10 pessoas de cada município que depois vão atuar como multiplicadores para o restante da região. São grupos que já trabalham com teatro em saúde e fazem abordagens nas praças e em eventos. Alguns desses grupos saem às escolas construindo encenação contra as drogas, combatendo a dengue e outras doenças preveníveis.


Segundo Rossi Linhares, da Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação (SIEC), o objetivo da Sesap, ao participar de eventos dessa natureza, em que envolve dança, cinema e teatro, é promover a saúde dentro de um contexto cultural, fazendo uso de linguagem fácil e acessível ao usuário do sistema de saúde pública. A oficina foi feita pelo teatrólogo Nil Moura. "Pela receptividade do público, os grupos conseguem mandar sua mensagem, falando de forma engraçada sobre assuntos tão sérios", disse Rossi.


Um dos grupos é o Saltando a Onça, do município de Santo Antônio do Salto da Onça, composto de 15 participantes, que fazem parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e estão envolvidos diretamente com a questão da saúde mental, desde servidores até usuários de drogas e familiares. Para a coordenadora do Saltando a Onça, a assistente social Maria José Spindola, esse trabalho além de passar uma mensagem de combate às drogas, funciona como uma verdadeira terapia para quem luta para se livrar desse mal. "E o mais importante é que esse trabalho tem melhorado muito a autoestima dos participantes", disse ela. Recém criado, essa foi a quarta apresentação em público do grupo que já está agendando outras apresentações.