terça-feira, 5 de outubro de 2010

Paulo Wagner se elege com menos votos que Rogério e Adenúbio



Devido coeficiente eleitoral o pevista conseguiu uma vaga na Câmara Federal ao retirar do poder o líder do PSDB no Rio Grande do Norte.

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Candidatos mais bem votados do que Mineiro ficam de fora da AssembleiaNem sempre os mais votados estão com a garantia de assumir as vagas disputadas por eles nas Câmaras Legislativas. No Rio Grande do Norte, um bom exemplo desta situação, foi a disputa pelas oito vagas na Câmara Federal.

O deputado eleito Paulo Wagner desbancou seus adversários com uma pontuação inferior. O pevista teve 55.086 votos, ou seja, 3,33% da preferência, enquanto o tucano Rogério Marinho conseguiu 105.422 (6,63%) e o pessebista Adenúbio Melo teve 72.654 (4,39%).

A diferença de 50 mil votos entre Paulo Wagner e Rogério Marinho não foi suficiente para dar a vaga ao tucano, por causa, dos votos da coligação. O mesmo aconteceu com a diferença entre o pevista e Adenúbio Melo.

O “temido” quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.

De acordo com o Código Eleitoral “Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados, pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior” (art. 106).

“Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias” (Lei nº 9.504/97, art. 5º).

O eleitor, na realidade, quando vota em um candidato, está apenas ordenando, dentro do partido, aqueles que poderão conquistar uma vaga nas câmaras estadual ou federal. Segundo este coeficiente, os votos pertencem ao partido, e não ao candidato.

Em São Paulo, por exemplo, o candidato Tiririca (PR), recebeu 1.353.820. Este número expressivo elevou o "status" eleitoral do PR, fazendo com que a proporção de votos do partido chegasse a quatro cadeiras. Ou seja, Tiririca "levou" outros três colegas de partido à cadeira da câmara.

O critério não é só o número que o candidato recebe, mas o que o partido ou coligação teve. A coligação (PV, PR e PMDB) “Por um Rio Grande Melhor” foi decisiva para o pevista porque somados os votos dos candidatos Henrique Eduardo Alves (PMDB), João Maia (PR), Paulo Wagner (PV) e outros que disputaram as eleições, a coligação teve o direito de eleger três deputados.

Situação diferente da coligação dos outros mais votados Rogério Marinho (PSDB) que disputou voto a voto com Betinho Rosado (DEM). Já Adenúbio Melo (PSB) com Sandra Rosado (PSB). Para dar o resultado final, os votos de todos os candidatos daquela coligação são somados e, a partir daí, os bem colocados vão sendo eleitos.

(Por NOMINUTO.COM)