Três moradores de Boa Vista, em Roraima, contraíram a dengue do tipo 4. Os diagnósticos foram confirmados nesta quinta-feira (12), apesar de as autoridades médicas esperarem ainda resultados de novos exames, já que esse vírus não circulava no país havia 28 anos.
No Rio Grande do Norte, sequer chegou a ser notificado algum caso da doença, que tem os mesmos sintomas das outras três variações. Agora, com a possibilidade de isolar o microorganismo no Laboratório Central (Lacen) do Estado, a verificação do tipo de dengue é mais rápida e constante, de acordo com a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande o Norte (Sesap), Juliana Araújo.
“Até o terceiro dia que o paciente é diagnosticado com dengue se pode coletar o sangue para isolamento do vírus, mas a vigilância também trabalha muito coma amostragem, assim identificamos o vírus que predomina”, explica, informando que na grande Natal o tipo 2 mais frequente, e na região Seridó, o tipo 1.
“Mesmo quando surgiu no Brasil, há 28 anos, esse vírus não ficou circulando por muito tempo. Passou um tempo na região norte”, disse, reconhecendo que o anúncio dos novos casos colocam em alerta todos os estados, para intensificar a prevenção da doença nessa questão que é “intersetorial, tem que contar com o apoio de todas as secretarias e da população”.
Segundo informações do Ministério da Saúde, o vírus que transmite a dengue tipo 4 circula há anos em dez países da América. O contágio do vírus tipo 4 em pessoas que já sofreram dengue tipo 1, 2 ou 3 pode provocar dengue hemorrágica, que é a forma mais perigosa da doença.
